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Como fazer boletim de ocorrência online

Com o crescimento dos crimes digitais no Brasil, saber como fazer boletim de ocorrência online deixou de ser uma formalidade burocrática e se tornou um passo estratégico para quem deseja proteger seus direitos, buscar reparação e, principalmente, agir rápido diante de fraudes, golpes e ameaças virtuais.

Atualmente, quase todos os estados brasileiros disponibilizam sistemas eletrônicos que permitem esse tipo de registro. No entanto, muitos ainda não sabem em que casos o BO online é aceito, como ele deve ser preenchido e o que acontece depois do envio.
Mais do que isso: poucos compreendem o valor jurídico desse documento e como ele pode ser decisivo em processos de bloqueio judicial, ações contra bancos, plataformas ou criminosos digitais.

O que é o boletim de ocorrência eletrônico

O boletim de ocorrência eletrônico é um registro oficial de um fato que pode ser tipificado como crime. Ele é feito via internet, diretamente em plataformas digitais mantidas pelos órgãos de segurança pública dos estados.

O BO online tem validade jurídica plena e, salvo exceções, pode ser utilizado em:

  • Notificações extrajudiciais
  • Petições para bloqueios judiciais
  • Ações de indenização
  • Solicitações de responsabilização de plataformas e bancos
  • Preservação de provas digitais

Em que situações o BO online pode ser feito

A maioria dos sistemas de delegacia eletrônica aceita o registro online em ocorrências sem violência física ou necessidade de perícia técnica imediata. Isso inclui:

  • Estelionato e fraudes virtuais
  • Golpes com Pix ou transferências não autorizadas
  • Furto simples de documentos ou objetos
  • Ameaças, injúria, calúnia ou difamação online
  • Clonagem de perfis e invasão de contas
  • Compra e venda fraudulenta pela internet
  • Disseminação de conteúdo íntimo sem autorização (em alguns estados)
  • Perda ou extravio de documentos pessoais
  • Perturbação de sossego e violação de domicílio (sem flagrante)

É importante consultar a lista atualizada de ocorrências aceitas em cada estado. Para facilitar esse acesso, a advogada especialista em crimes digitais, Elisângela Taborda compilou os links diretos para as Delegacias Eletrônicas de todas as unidades da federação, além de orientações práticas para quem deseja denunciar crimes pela internet.

Como fazer o boletim de ocorrência online

O processo, apesar de simples, exige atenção aos detalhes para garantir a validade do registro. O passo a passo básico é:

  1. Acesse o site da Delegacia Eletrônica do seu estado;
  2. Escolha o tipo de ocorrência mais próximo do que você vivenciou (estelionato, ameaça, furto etc.);
  3. Preencha seus dados pessoais e de contato;
  4. Descreva os fatos com clareza, objetividade e cronologia;
  5. Anexe todos os documentos relevantes: prints, comprovantes, links, imagens, vídeos;
  6. Envie e anote o número do protocolo.

Em alguns casos, o boletim será liberado imediatamente. Em outros, será analisado por um escrivão antes da validação final.

O que escrever no boletim de ocorrência

O conteúdo do boletim deve ser direto, claro e com foco em dados concretos que ajudem a demonstrar o ocorrido e possam fundamentar futuras medidas judiciais. Em vez de frases genéricas ou emocionais, o ideal é apresentar:

  • A data e hora da fraude ou do contato inicial do golpista;
  • O canal utilizado (WhatsApp, ligação telefônica, Instagram, e-mail etc.);
  • O que foi prometido ou dito pelo golpista (por exemplo: oferecimento de investimento, pedido de transferência urgente se passando por gerente ou parente);
  • O valor que foi transferido, como foi feito o pagamento (Pix, TED, cripto);
  • Os dados de quem recebeu o valor (banco, titularidade, prints de comprovantes);
  • Outros detalhes relevantes: se houve envio de documentos, se há conversa salva, links usados, perfis envolvidos etc.

Evite expressões como “fui enganado” ou “me senti lesado” e priorize a narrativa objetiva dos fatos. Essa clareza é essencial para acelerar o atendimento e servir de base para ações como bloqueios judiciais ou notificações.

O que fazer após registrar o BO

Muita gente acredita que, ao fazer o boletim, as autoridades automaticamente investigarão o caso, recuperarão os valores e punirão os envolvidos. Mas isso não acontece de forma automática. Na prática, crimes digitais exigem ação jurídica ativa e especializada.

É comum que golpistas utilizem contas em nome de laranjas, fintechs com poucos controles ou façam transferências em cadeia, tornando a recuperação mais difícil. Por isso, agir rápido e com estratégia jurídica é essencial.

Quando o boletim não é suficiente: a importância do apoio técnico

O boletim é apenas o primeiro passo. Para proteger seus direitos e buscar ressarcimento, é necessário:

  • Acionar judicialmente bancos ou plataformas negligentes;
  • Solicitar bloqueio de valores em contas receptoras;
  • Notificar empresas para preservar provas (como registros de acesso, IP, movimentações);
  • Rastrear movimentações financeiras e, em alguns casos, de criptomoedas;
  • Ingressar com ações judiciais de indenização ou responsabilização.

Tudo isso requer conhecimento técnico em crimes digitais e domínio do processo judicial eletrônico. É por isso que ter ao lado um advogado com experiência específica em fraudes virtuais faz toda a diferença.

Orientação confiável para vítimas de crimes digitais

A advogada Elisângela B. Taborda é referência nacional no atendimento de vítimas de crimes virtuais. Com atuação voltada para estelionato digital, golpes bancários, fraudes com Pix e criptomoedas, ela atua com foco na recuperação de valores e responsabilização jurídica de empresas e indivíduos.

Em seu site, além das orientações jurídicas, você encontra a lista completa com os links para todas as Delegacias Eletrônicas do país, facilitando o primeiro passo após o crime: o registro formal da ocorrência.

Como denunciar crimes virtuais

Saber como fazer boletim de ocorrência online é o início de uma reação estruturada diante de crimes digitais. Mas é preciso ir além do registro. Fraudes virtuais exigem resposta técnica, ágil e jurídica.

Se você foi vítima de golpe digital, não fique apenas no protocolo. Busque orientação com quem conhece os caminhos para bloquear valores, preservar provas e responsabilizar os culpados.

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